“Cidade para as pessoas Proteção e prioridade ao pedestre”
Mais uma Semana Nacional de Trânsito se aproxima e todo o país se mobiliza, especialmente os Órgãos que fazem parte do Sistema Nacional de Trânsito junto às escolas que buscam trazer exposições e discussões com alusão ao Tema Trânsito.
Esse Tema nos traz uma série de reflexões…de quem depende essa Proteção?
Aperfeiçoar a capacidade de atenção das pessoas, representa uma enorme contribuição para a segurança no trânsito. Um segundo de desatenção, de distração, seja no volante ou ao transitar a pé, pode ser fatal. Mas essa parece ser uma exigência muito alta para quem não quer abrir mão da curiosidade de saber quem está ligando ou mandando uma mensagem no seu celular…a prática da atenção, muitas vezes exige sacrifícios. Escolhas fazem parte da nossa vida, e é preciso buscar a sensibilidade das pessoas para que seja desenvolvida a solidariedade, a empatia, o respeito (valores indispensáveis no trânsito).
A rotina frenética, aliada à falta de tempo, pressão, além de problemas de infraestrutura, resultam na grande doença que se reflete nas vias. Isso significa crescente número de acidentes graves e fatais, causados por essa somatória de fatores cada vez mais presentes na sociedade moderna. Descumprir regras como uma tentativa de se sentir mais esperto que os demais, dirigir em velocidade excessiva pela “necessidade” de viver o tempo instantâneo trazido pela internet e desrespeitar o outro como forma de afirmação pessoal, são alguns sintomas dessa enfermidade social.
O que faz o cidadão agir dessa maneira?
A insensibilidade no trânsito hoje é mais um elemento que contribui grandemente com o descaso que são tratadas as regras de trânsito, trazendo consequências que atingem todos os usuários. A sociedade está sendo contagiada cada dia mais por esse mal. Os acidentes de trânsito estão se tornando cada dia mais banais, os jovens tem convivido com exemplos e referências que os afastam cada vez mais da sua segurança.
Se a sociedade for capaz de se modificar por meio da sensibilidade, consequentemente mudará hábitos. Assim, a Educação para o Trânsito a partir de Campanhas, Programas e Atividades Educativas, terá mais abertura por meio dessa percepção sensível, possibilitar uma maior reflexão nas pessoas e a redução dos índices de violência viária.
Por isso concluo que o grande desafio da Educação para o Trânsito de todo o país é sensibilizar as pessoas para o trânsito e convencê-las de que a maior prejudicada pelas infrações cometidas é a própria sociedade que, deixando de priorizar o pedestre, deixará de compartilhar a segurança com você mesmo, já que, “no trânsito somos todos pedestres”. Divulgando os locais onde acontece uma blitz, você pode ser a próxima vítima de alguns condutores irresponsáveis. Avançando o sinal vermelho do semáforo, pode te tornar um número a mais nas estatísticas de acidentes fatais.
Por essas e outras…vamos refletir “Sua atitude pode ser a mudança necessária para vivermos um trânsito mais humanizado”.
Gilmara Branquinho
Agente de Trânsito, Instrutora e Especialista em Segurança e Educação de Trânsito.