Após dois dias de debates e discussões foi encerrado neste domingo (27) o 1º Seminário Metropolitano de Mobilidade Urbana, realizado na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. Ao final do evento foi redigida a Carta de Mobilidade da Região Metropolitana, que firmou o compromisso de estabelecer um diálogo permanente entre a sociedade civil organizada e a gestão pública, espelhando-se na legislação vigente e nos modelos de outras cidades onde já foram implementados projetos de mobilidade urbana com resultados positivos e melhoria da qualidade de vida da população.
O secretário da Transparência Pública (Setransp) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), Éder Dantas, falou da importância do evento. “Foi um momento importante, porque cidadãos e gestores públicos de diversos municípios sentaram e discutiram a problemática comum da mobilidade. A população passa a ser ouvida na formação dos projetos gerando um ambiente de transparência entre o poder público e a sociedade”, disse.
O superintendente adjunto de Mobilidade Urbana (Semob) de João Pessoa, Roberto Pinto, também destacou o evento. “O Seminário cumpriu um papel importante, sendo uma ótima oportunidade para o poder público informar à sociedade o planejamento para a mobilidade urbana, bem como receber sugestões e ideias da população para a melhoria da mobilidade. Fico feliz em saber que várias das sugestões apresentadas pela sociedade já estão contempladas nos projetos da Semob”, falou.
Durante os dois dias do Seminário foram apresentadas propostas para as políticas municipais de mobilidade urbana, incluindo trânsito e transporte público, com vistas à melhoria da prestação do serviço de transporte de massa, bem como mais agilidade para o tráfego de veículos e segurança dos pedestres.
Grupos – A maioria das propostas apresentadas nos quatro grupos de trabalho, divididos por eixos temáticos, estava relacionada ao transporte coletivo, onde foram sugeridas e amplamente debatidas pelos componentes, na ocasião representando a sociedade civil organizada (entidades, movimentos populares, etc) das cidades que compõem a Região Metropolitana (João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Conde e Cabedelo), diversas maneiras de tornar o serviço de transporte de massa mais acessível ao usuário com mais conforto e segurança.
A questão ambiental e os impactos da utilização do carro particular sobre a qualidade de vida da população também foram destacados durante os debates.
A sugestão de modais de transporte aquaviário (turístico, cabotagem, etc), com a proposta de construção de atracadouros para este fim nas cidades de Cabedelo e Lucena foi apresentada. Também foi destacada a necessidade de políticas públicas de incentivo ao transporte não motorizado, com a ampliação e implantação da malha cicloviária na Região Metropolitana.