Renaturalizar e drenar a área que compreende a falésia do Cabo Branco. Este é o objetivo da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) para conter os processos erosivos que têm provocado o desmoronamento da barreira. Para tanto, a PMJP já deu início às obras de contenção, na manhã desta quinta-feira (6).
Segundo o secretário de Planejamento de João Pessoa, Rômulo Polari, o projeto de renaturalização da falésia prevê um replanejamento viário para a área, a reestruturação da drenagem, a proteção contra agressões marítimas e o planejamento urbanístico nas imediações da falésia. “Os estudos para a composição do projeto executivo estão em fase de conclusão. Mas o trabalho já está sendo iniciado”, destacou.
O projeto em fase de conclusão prevê, entre outras coisas, a recomposição de barreiras entre os corais, no mar, para evitar que as correntes marinhas, principalmente em período de ressaca, acelerem a degradação da falésia. O trabalho inclui ainda intervenções para garantir maior eficiência na drenagem na parte superior da barreira.
As discussões em torno de propostas para a contenção da erosão na barreira do Cabo Branco existem há mais de 14 anos, porém, sem um projeto executivo para o início das obras. Um licenciamento chegou a ser concedido pela Superintendência de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Sudema), em 2012, mas com 19 condicionantes. Entre eles, a exigência da composição de um projeto executivo.
Mudanças no tráfego – A Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) interditou o tráfego de veículos sobre a barreira do Cabo Branco, no trecho próximo ao mirante. A interdição compreende inicialmente o sentido bairro-Centro da via que fica entre a rotatória da Estação Cabo Branco e a parte superior da ladeira que dá acesso à Praça de Iemanjá.
Numa etapa posterior, o tráfego na outra faixa também será interditado e o trânsito no local será feito apenas pelas ruas Zita Maria Carneiro Cabral e Luzinete Formiga de Luna. Esta última ligando à rotatória da Estação Cabo Branco.
A interdição do trânsito de veículos na parte superior da barreira é uma das recomendações dos estudos encomendados pela Prefeitura de João Pessoa. O tráfego na área existe desde a década de 1970 e, desde então, contribui para a deterioração da falésia. Os desmoronamentos mais recentes, segundo a análise da empresa contratada, são causados mais pela trepidação decorrente do trânsito de veículos, que de fatores advindos da força das marés.